Suplementação de ferro por atletas é bom ou ruim?

Alguns atletas, principalmente os ciclistas, acreditam que a suplementação de ferro (por via oral ou endovenosa), ajude a melhorar seu desempenho e performance. Será que isso é verdade ?

Um estudo realizado pelo Centro de Cardiologia do Esporte do Hospital Albert Einstein foi aceito para publicação pelo International Journal of Cardiology, uma das mais renomadas publicações científicas da área.

O estudo acompanhou atletas saudáveis, usuários e/ou ex-usuários de ferro, com idades entre 29 e 43 anos, pelo período de um ano e mostrou que a suplementação de ferro por via endovenosa (pela veia) leva ao acúmulo de ferro no fígado e no baço, podendo comprometer a função desses órgãos. Já o ferro tomado por via oral (comprimidos), mesmo em grandes quantidades, não teve correlação com a impregnação nos órgãos.

Segundo a Dr. Luciana, coordenadora do estudo, o grande problema no uso indiscriminado de ferro, é que este mineral não tem excreção passiva pelo organismo. E que mesmo os atletas que já haviam interrompido o uso por até sete anos ainda apresentavam fígado e baço com altos níveis de ferro.

O estudo serve de alerta para os atletas sobre a  importância de não realizar suplementações com ferro sem a indicação médica e sem a avaliação prévia da ferritina.

Leia mais

É possível ganhar massa muscular após os 60 anos?

Você sabia que adultos sedentários podem perder de 30 a 40% do número total de massa muscular por volta dos 55 anos? Será que é possível recuperá-la?? Marcas Bamman, professor de biologia da Universidade do Alabama em Birmingham comprovou através dos seus estudos, que homens e mulheres entre 60 e 70 anos podem sim recuperar sua massa muscular com treinamento supervisionado.

Porém, o processo de recuperação acontece de forma diferente em relação aos jovens. Os jovens conseguem com a musculação, aumentar o NÚMERO de fibras musculares.

A partir da meia idade, por uma variedade de questões fisiológicas, não é mais possível aumentar o número de fibras, porém, é possível aumentar o TAMANHO das fibras musculares!! A recomendação é fazer musculação (8 a 12 repetições) em cada aparelho, 2 a 3 vezes por semana, sempre com a supervisão de um professor.

Leia o estudo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/21131862/

Leia mais

Cardiomiopatia Hipetrófica

A cardiomiopatia hipertrófica (CMH) é uma doença genética caracterizada por aumento da massa do ventrículo (uma cavidade) do coração. É relativamente frequente, afeta igualmente homens e mulheres e os pacientes podem não apresentar nenhum sintoma ou podem apresentar sintomas como palpitação, falta de ar aos esforços tontura, desmaio e até a morte súbita!

Aliás, a CMH é a principal causa de morte súbita em adolescentes e adultos jovens, especialmente em atletas! O melhor exame para diagnóstico da doença é a Ressonância do Coração!

Através desse exame e da história clínica do atleta, conseguimos diferenciar essa doença da doença conhecida como “coração de atleta”, em que também ocorre aumento da massa do coração, porém inclui outras particularidades.

Evite surpresas, faça uma boa avaliação com seu cardiologista antes de iniciar suas atividades físicas!!

Leia mais

A importância da assessoria esportiva

O número de empresas de assessoria esportiva vem crescendo muito nos últimos anos. Você sabe como elas funcionam?

Uma boa assessoria possui um coach ou um grupo de “coaches”, que são professores de educação física, com um grande conhecimento sobre o esporte escolhido, que têm como objetivo, melhorar o desempenho do atleta em uma prova.

O coach é responsável por conhecer o aluno (doenças, lesões, histórico) e seus objetivos e, com isso, montar as planilhas de treino, corrigir postura e alimentação e, principalmente, evitar que o aluno se machuque. Ter boa assessoria melhora e muito o desempenho e o resultado final do atleta em uma prova !

Recentemente, tive o prazer de acompanhar alguns atletas brasileiros na Maratona de NYC. Eles faziam parte da assessoria do Marcos Paulo Reis (@reismpr no Instagram) e puderam contar com a presença de um coach – o Emerson (única assessoria brasileira presente no evento e que ainda contava com um professor de educação física e um cardiologista acompanhando os alunos) que ficou posicionado estrategicamente no 35km da prova, para ajudar não só psicologicamente, mas também através de dicas e fornecendo líquidos para hidratação dos alunos nessa reta final.

Graças a Deus nenhum atleta se machucou, TODOS conseguiram completar a prova e vários superaram os seus tempos prévios! Conversei com os atletas, que disseram que sem a assessoria do Marcos Paulo, não teriam conseguido!

Muito bacana poder presenciar esses atletas (profissionais e amadores) superando seus limites e alcançando seus objetivos! PARABÉNS!!

Leia mais

Aquecimento faz toda diferença!

O aquecimento é uma etapa fundamental antes de se iniciar qualquer atividade física, não só por diminuir as chances de lesões, mas também por preparar o corpo para o esforço, através do aumento da temperatura corporal, estimulação dos músculos e aumento da frequência cardiorrespiratória, permitindo um melhor aproveitamento do oxigênio e, consequentemente, um melhor desempenho.

Lembre-se que, no frio, os músculos ficam mais contraídos e a circulação sanguínea diminui (vasoconstricção) portanto, o aquecimento se torna ainda mais essencial e deve ser mais prolongado (15 a 20 minutos). Corra os primeiros quilômetros de maneira suave, aquecendo. A maratona é muito longa e por isso é importante se preservar no início, para conseguir completar a prova.

Leia mais

O que vestir para correr no frio?

A melhor estratégia para correr no frio é se vestir em camadas. O ideal é que a primeira peça seja uma “segunda pele” (camisa térmica), que colada ao corpo, ajuda a manter as outras peças de roupa secas e ainda mantém o calor do corpo. Por cima, prefira blusas leves, de preferência dry fit.

A jaqueta corta-vento é ótima para proteção térmica, pois permite que as camadas de roupas junto ao corpo mantenham a temperatura corporal adequada, principalmente em dias de chuva.
Leggings: são excelentes opções para homens e mulheres protegerem as pernas do frio. Prefira as térmicas.

Cabeça, pescoço, mãos e pés devem estar bem protegidos – a perda térmica pode elevar-se a 70% através destes “pontos frios”. Gorros: protegem a cabeça e as orelhas, que são um dos locais por onde mais perdemos calor – perdemos até 50% do calor corporal pela cabeça.

Meias: dry fit ou de poliamida são as mais indicadas, pois além de confortáveis, não molham, não encharcam e por isso não causam bolhas nos pés.

Luvas: proteje do congelamento e mantém as mãos aquecidas.

Faixa ou gola para o pescoço: diminui a perda de calor e alguns modelos permite proteger o nariz e a boca, tornando o ar inspirado menos frio. A inspiração de ar frio acelera a desidratação.

Obs: Evite tecidos de algodão, pois eles absorvem o suor e ficam encharcados, fazendo com que você passe frio durante o treino.

Leia mais

Como melhorar seu desempenho na corrida?

TAPER = redução de treinamento pré-competição É um tipo de estratégia adotado para melhorar o desempenho e a performance de um atleta que será submetido a uma competição, através da desaceleração do volume de treinos, que deverá ser iniciado de uma a três semanas antes da prova.

Indica-se a redução da carga de treino, sem entretanto, alterar a intensidade e a frequência.
Por exemplo, se você está se preparando para correr uma maratona e nos treinos você costuma correr em um ritmo de 11km/h, você deverá se manter nesse ritmo. Se você costuma treinar três vezes por semana, você também deverá continuar a treinar nesses dias.

No entanto, ao invés de correr 20km, você deverá reduzir a distância gradualmente (de uma a três semanas antes da prova), com o objetivo de atingir nos últimos dias, um volume de no máximo 30% do habitual.

Os trabalhos científicos que adotaram este modelo revelaram resultados muito significativos de melhora de desempenho. A explicação se deve a redução do “índice fadiga”. Apesar disso, mais estudos são necessários para firmar comprovação científica.

Leia mais

Quer correr uma maratona mas não sabe como começar?

Se você se está disposto a encarar uma maratona, mas nunca correu na vida e nem sabe por onde começar, então preste atenção que vou dar alguns passos para você alcançar o seu objetivo:

1- O primeiro passo é passar por uma avaliação médica.

2- Após a liberação médica, escolha a maratona que deseja correr (ter um objetivo ajuda a manter o foco) mas lembre-se que serão necessários alguns meses de treinamento até que você esteja apto a correr em uma maratona.

3- Procure uma boa assessoria de corrida para te acompanhar e montar suas palmilhas de treino, que são fundamentais para um bom desempenho. Correr não é tão simples quanto parece. Além disso, a assessoria também irá te orientar quanto a alimentação e a postura durante a corrida. Você sabia que a forma de pisar e mexer os braços por exemplo, interfere no desempenho da corrida?

4- Durante os meses de treinamento, participe de corridas de rua de maneira progressiva (5km, 10km, 21km). Além de ser uma ótima forma de praticar e adaptar-se ao ambiente, ainda vai aumentar a sua motivação para correr a maratona.

5- Disciplina é fundamental! Não falte aos treinos (a menos que esteja doente), evite bebidas alcoólicas (aumenta a chance de desidratação na corrida), tenha uma alimentação balanceada e, principalmente, respeite o seu corpo. Descanso é fundamental!

Leia mais

Ter um cachorro diminui o risco cardíaco!

A convivência com animais de estimação pode contribuir não só para o bem estar psicológico, mas também para a prevenção e tratamento de várias patologias.

A Associação Americana do Coração revisou diversos estudos e concluiu que pessoas que possuem animais de estimação, em particular um cachorro, apresentam diminuição do risco cardíaco.

Isso acontece porque o indivíduo que tem um cachorro, acaba se tornando mais ativo (precisa passear com o cão, correr, brincar) e com isso, fazem mais atividade física, o que leva a diminuição da pressão arterial e do colesterol.

Além disso, a troca de carinho com o cão libera no organismo, neurotransmissores como a ocitocina, endorfina e serotonina, que propiciam sensação de prazer e bem-estar. Ao mesmo tempo, também ocorre a redução do estresse e da ansiedade, pela diminuição do cortisol na. Oriente sanguínea – hormônio do estresse.

Um estudo da Society for Companion Animal também mostrou que crianças que têm contato com os animais de estimação se tornam mais imunes e desenvolvem menos rinite e dermatite.

Ou seja, ter um animal de estimação deveria ser lei!!!

Leia mais

Alongamento

Antes de iniciar qualquer atividade física, é fundamental fazer um aquecimento: repetindo-se em cerca de 15 vezes, o movimento que será realizado. O objetivo é elevar a temperatura do corpo, a frequência cardíaca, a respiração, a pressão arterial e, provocar uma vasodilatação – que vai levar mais oxigênio para os músculos e promover um metabolismo aeróbico (que consome oxigênio). Depois de fazer o aquecimento, alongue os principais músculos do corpo, dando ênfase aos que vão ser trabalhados com maior intensidade.

O alongamento melhora a flexibilidade, deixa os movimentos mais elegantes e fluidos, garante uma postura mais ereta e reduz os riscos de lesões durante o treino. O alongamento estático (aquele em que sustentamos uma mesma posição por um determinado período) não deve ultrapassar 60 segundos em cada posição, caso contrário, poderá prejudicar na performance do treino.

Ao término do treino, é importante não parar abruptamente, pois a pressão arterial, temperatura e respiração precisam voltar ao normal. O alongamento deve ser feito com menos intensidade, para fim de relaxamento muscular: faz as fibras musculares voltarem ao comprimento original (elas tendem a encurtar durante o esforço físico), colaborando com a recuperação muscular e atenuando possíveis dores.

Obs: No entanto, se o objetivo for aumentar a amplitude de movimento, o ideal é não fazer o alongamento após atividade física intensa.

Leia mais