Alguns atletas, principalmente os ciclistas, acreditam que a suplementação de ferro (por via oral ou endovenosa), ajude a melhorar seu desempenho e performance. Será que isso é verdade ?

Um estudo realizado pelo Centro de Cardiologia do Esporte do Hospital Albert Einstein foi aceito para publicação pelo International Journal of Cardiology, uma das mais renomadas publicações científicas da área.

O estudo acompanhou atletas saudáveis, usuários e/ou ex-usuários de ferro, com idades entre 29 e 43 anos, pelo período de um ano e mostrou que a suplementação de ferro por via endovenosa (pela veia) leva ao acúmulo de ferro no fígado e no baço, podendo comprometer a função desses órgãos. Já o ferro tomado por via oral (comprimidos), mesmo em grandes quantidades, não teve correlação com a impregnação nos órgãos.

Segundo a Dr. Luciana, coordenadora do estudo, o grande problema no uso indiscriminado de ferro, é que este mineral não tem excreção passiva pelo organismo. E que mesmo os atletas que já haviam interrompido o uso por até sete anos ainda apresentavam fígado e baço com altos níveis de ferro.

O estudo serve de alerta para os atletas sobre a  importância de não realizar suplementações com ferro sem a indicação médica e sem a avaliação prévia da ferritina.

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